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Tantra é uma tradição de filosofia espiritual com registros de mais de 2.500 anos de existência.

A única corrente espiritual em que o sexo não é relegado, nem tratado como tabu, mas é abarcado como parte do caminho de despertar da consciência do indivíduo.

Nasce na Índia, onde assume as mais variadas formas de culto e prática. E depois se expande à China, influenciando o milenar sistema taoísta de cultivo da energia vital. Finalmente, é incorporado aos ensinamentos do dzogchen e do budismo tibetano (ou budismo tântrico). Embora esteja muito próximo à ioga, também pode ser interpretado como sua antítese.

Tantra é uma palavra que abrange escolas e idéias tão diversas que sua definição é sempre muito relativa.

Em tradução literal, tantra significa trama. É uma prática que nos torna conscientes do tecido que interliga a toda a realidade.

Os sábios tântricos, milhares de anos antes da física quântica, nos ensinavam que a base da realidade é o vazio (princípio de Shiva) e a natureza da matéria é a vibração (Shakti). Em um átomo, o elemento vazio é tão grande que, se imaginássemos seu núcleo com 1 cm, o elétron mais próximo giraria a meio quilômetro de distância!

A base do tantra é a aceitação do que é. Ou seja, deixar de
lutar contra a natureza da realidade para entrar em harmonia com ela.
Então surge a consciência, a compaixão, a sabedoria
e a felicidade naturais e autênticas.

 

A meditação (atenção plena) é o caminho para chegar lá.
Pratica-se para soltar as resistências contra o fluxo da vida e permitir que nossa mente condicionada se abra às infinitas possibilidades da inteligência universal suprema; sábia, abundante, livre de preconceitos, padrões herdados e limitações autoimpostas.

"Espírito não é um conceito místico. O espírito de uma
pessoa se manifesta através da sua vitalidade; o brilho dos olhos, a ressonância da sua voz e a facilidade e graça dos seus movimentos. Essas qualidades se relacionam com e se originam de um alto nível de energia no corpo. Sentindo a harmonia entre a pulsação interna do corpo e a do universo, nos identificamos com o universal, com Deus. Somos como diapasões vibrando na mesma frequência."

Alexander Lowen

Crises e Tratamento de Emergências Espirituais     (2a parte)

"Um número crescente de pessoas envolvidas na transformação pessoal vem experimentando emergências espirituais e crises de emergência espiritual - processos de crescimento e mudança que podem se tornar caóticos e opressores. (...) Em muitos casos, novos reinos de experiência mística e espiritual entram nas suas vidas de forma dramática e repentina, trazendo medo e confusão. Essas pessoas podem sentir tremenda ansiedade, dificuldade de funcionar na vida cotidiana, no trabalho e nas relações, inclusive chegando a temer pela própria sanidade mental.
Infelizmente, grande parte da psiquiatria moderna fracassa em diferenciar estes episódios das doenças mentais. Como resultado, frequentemente as crises de transformação são reprimidas pela rotina psiquiátrica, medicação e até pela internação hospitalar."

Stanislav Grof y Christina Grof

O número de pessoas buscando algum refúgio ou alternativa vital na espiritualidade é algo que só cresce desde que os antigos ensinamentos filosóficos e religiosos do Oriente se espalharam pelo mundo. E, mais recentemente, há um enorme resgate de tradições espirituais de povos nativos, especialmente índio-americanas.

 

O frenesi em torno dessas práticas é grande. Em um contexto responsável, elas podem trazer mais consciência e vitalidade ao indivíduo. Mas, ao mesmo tempo, há um tipo de corrida por atalhos que nos liberem do sofrimento como num passe de mágica. A conseqüência natural disso é que mais e mais pessoas experimentem efeitos colaterais indesejáveis, às vezes bastante graves.

 

Psicoativos sintéticos como o MDMA e o LSD; medicamentos nativos como cogumelos, peiote, ayahuasca…; meditação regular e prolongada (budista, vipassana de Goenka, advaita ...); técnicas de cultivo da energia vital / sexual (tantra, taoísmo, ioga). Todas estas maravilhas da sabedoria humana estão projetadas para impulsionar a emergência espiritual. A crise surge quando o indivíduo perde sua capacidade de funcionar, se regular e se relacionar com os demais. Estas crises são muito mais comuns do que conta a publicidade ao redor dos benefícios de práticas que tradicionalmente ocorriam em círculos fechados e protegidas por linhagens ancestrais.

 

A situação de uma pessoa em crise de emergência espiritual é dramática. É difícil encontrar ajuda eficaz. Chega-se num território que superou a capacidade de ajuda do maestro (isso quando há um professor). Ao mesmo tempo, existem pouquíssimos terapeutas com conhecimento e experiência eficazes sobre o assunto. A psiquiatria tradicional geralmente ajuda, contendo a urgência (quando os fármacos funcionam). Mas o conteúdo inconsciente que se desenrola na emergência espiritual dificilmente pode ser elaborado sem terapia. Os fenômenos físicos, emocionais, psíquicos e energéticos superam o conhecimento comum. É uma situação muito pouco conhecida.

Vivi duas crises de emergência espiritual muito sérias como conseqüência de técnicas de meditação e cultivo energético. Me tratei com alguns profissionais reconhecidos como autoridades internacionais no assunto e comecei a me formar como terapeuta movido pela necessidade de superar a crise. Levo quase 10 anos num processo intenso e dinâmico que provavelmente durará a vida toda. O trabalho que desenvolvi compila ferramentas das mais variadas fontes de conhecimento no campo terapêutico. Um trabalho integrativo, desde o cognitivo ao transpessoal, com ênfase no corpo e nas emoções.

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Alma: Tantra e Espiritualidade (1a parte) 

Crises de Emergência Espiritual (2a parte)

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